O primo Cláudio Ricca enviou uma carta manuscrita que mencionava a Fanny, mas que estava na casa da irmã dela no Porto.
Meu primeiro impulso foi utilizar a tecnologia disponível para tentar decifrar o documento.
Como podem ver, o resultado foi bastante impressionante, tendo em conta os desafios, nomedamente: (i) carta antiga e manuscrita, (ii) escrita em duas línguas diferentes, alemão e russo.
Mesmo assim, ainda faltava muito para encontrar algum sentido nas palavras. Felizmente temos uma fantástica rede familiar de pessoas muítissimo qualificadas capazes de "solucionar" o desafio de forma muito mais eficiente do que a máquina.
Precisava de algumas qualidades pouco comuns: Alguém capaz de falar russo e português e, ao mesmo tempo, ser capaz de compreender cirílico manuscrito. Lembrei da prima Esther Andrade, não só domina ambas as línguas, mas também é professora (portanto, acostumada a decifrar letras de alunos - em português). Já a introdução em Alemão foi traduzida pela Susanne Lopes (tia Suzi).
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A carta é bestante curiosa. Não sabemos porque estava no Porto, e quem é exatamente a pessoa que enviou a carta, de Kiev, em 1978, período relativamente recente em relação à separação da família. Há também uma informação não muito clara sobre o possível parentesco distante entre Ruvin e Etja (tinham primos em comum?).
Em conversa com a Fanny também avançamos pouco. Ela recorda a história narrada e afirmou ter sido ela quem engoliu a pulseira dourada (devidamente expelida depois de boas doses de laxativos).