Fanny 100

Weißensee

Cristina Aibeo


Um dos eventos trágicos e marcantes na vida da Fanny foi o falecimento da sua mãe, Eti. O sobrinho Cláudio Ricca relata este episódio no livro que escreveu em 2019, sobre a Noemi, irmã da Fanny:

Com a idade de 48 anos, Eti, que não acreditava que a barbaridade dos pogroms se reeditasse na Alemanha, está triste, preocupada e cansada. Tem um acidente vascular cerebral e morre hospitalizada, dias depois, em 3 de Abril de 1935. Repousa no Cemitério Judaico de Waissensee.

Um ano depois, a sepultura estava coberta de heras. A foto deve ter sido obtida na despedida. Para Noemi, as heras sempre lhe trouxeram à memória esse momento. Noemi completa os seis anos do ensino liceal neste mesmo ano.

O respectivo diploma data do dia 4 de Abril.

Noemi tem 16 anos e Fanni 12. O seu mundo organizado e feliz desabou, deixando uma responsabilidade que Noemi dificilmente suporta"

Recentemente, a prima Cristina Aibéo, que mora em Berlin, regressou ao cemitério e escreveu:

Bom dia a todos,

Acabei de ir ao cemitério judaico do Weißensee. Como eu já tinha ligado para lá, o sr. da administração já tinha os mapas preparados para eu conseguir encontrar a campa da mãe da tia Fanny, Etja Gelehrter.

Também tirei fotografias da zona onde está a campa. Como o sr. já me tinha avisado, a campa não tem lápide, mas a campa ao lado, de Aurelie e Benno Nordon, tem.

O cemitério é muito bonito. Como se vê, a natureza tomou conta daquela zona. Eu já tinha lá estado há mais de dez anos, porque estudei alemão numa escola judaica e a professora mostrou-nos um documentário sobre o cemitério e decidi ir lá visitá-lo, mas não sabia que a mãe da tia estava lá.

https://jewish-cemetery-weissensee.org/en/



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